Apesar do avanço na tecnologia, especialistas alertam que máquina ainda é um protótipo
Durante a feira de tecnologia CES (Consumer Electronics Show), a IBM anunciou nesta terça-feira (08/01) seu primeiro computador quântico de uso comercial. Batizado de Q System One, o sistema de 20 qubits combina, em um único aparelho, partes quânticas e clássicas da computação. Segundo a IBM, a máquina poderá ser usada por pesquisadores e empresas.
A empresa descreve o aparelho como a primeira solução universal integrada de computação quântica desenhada para uso comercial e científico. O TechCrunch lembra, no entanto, que uma máquina de 20 qubits não é poderosa o suficiente para a maioria das aplicações comerciais esperadas da computação quântica. Talvez por isso mesmo a própria IBM enfatize que esta é uma primeira tentativa e que os sistemas são “desenhados para um dia solucionar problemas que atualmente são de natureza exponencial e complexos demais para os sistemas clássicos de computação”.
“O IBM Q System One é um enorme passo em direção à comercialização da computação quântica”, afirmou Arvind Krishna, vice-presidente de Hybrid Cloud e diretor da IBM Research. “Esse novo sistema é crítico na expansão da computação quântica para além dos laboratórios de pesquisa, enquanto trabalhamos para desenvolver aplicações quânticas práticas para os negócios e para a ciência”.
Mais do que uma grande inovação, o lançamento do computador é simbólico, analisa o The Verge. “O Q System One pode ter sido desenhado para uso comercial, mas não está exatamente pronto para isso”, diz a publicação, que ressalta que os computadores quânticos ainda são dispositivos experimentais. “Eles não superam o desempenho dos computadores clássicos em tarefas úteis, mas são ferramentas de pesquisa que nos permitem entender, qubit por qubit, como a computação quântica poderá funcionar”.
Para Winfried Hensinger, professor de tecnologia quântica da Universidade de Sussex, o Q System One é uma primeira tentativa de dominar esse campo. “Não ache que é um computador quântico que pode resolver todos os problemas pelos quais a computação quântica ficou conhecida. Pense nele como um protótipo que te permite testar e desenvolver alguma programação que pode ser útil no futuro”, disse ele ao The Verge.
O Q System One é um cubo selado de 2,7 metros de altura, com os elementos de computação quântica pendurados no meio. Quem quiser fazer experimentos com o aparelho, porém, não vai poder instalar o computador em seu escritório. Assim como outros computadores quânticos da IBM, o Q System One é acessível apenas via nuvem — as empresas e institutos de pesquisa poderão comprar tempo na rede IBM Q Network, segundo o The Verge.
A grande inovação do produto é o design. Segundo a IBM, a principal conquista é transformar uma máquina quântica experimental em algo com confiabilidade (e aparência) mais próxima da de um computador. Computadores quânticos são aparelhos delicados, cujas partes precisam ser mantidas a temperaturas baixíssimas e que podem ser afetados por minúsculas flutuações elétricas ou vibrações. O Q System One, diz a IBM, minimiza esses problemas.
Ao The Verge, o vice-presidente de pesquisa quântica da IBM, Bob Sutor, afirmou que a nova máquina é mais rápida ao se reiniciar. Segundo ele, ligar o computador quântico após um problema técnico ficou muito mais veloz com o Q System One. "O que costumava levar semanas agora leva horas ou dias", diz Sutor.
Fonte: Época Negócios
A empresa descreve o aparelho como a primeira solução universal integrada de computação quântica desenhada para uso comercial e científico. O TechCrunch lembra, no entanto, que uma máquina de 20 qubits não é poderosa o suficiente para a maioria das aplicações comerciais esperadas da computação quântica. Talvez por isso mesmo a própria IBM enfatize que esta é uma primeira tentativa e que os sistemas são “desenhados para um dia solucionar problemas que atualmente são de natureza exponencial e complexos demais para os sistemas clássicos de computação”.
“O IBM Q System One é um enorme passo em direção à comercialização da computação quântica”, afirmou Arvind Krishna, vice-presidente de Hybrid Cloud e diretor da IBM Research. “Esse novo sistema é crítico na expansão da computação quântica para além dos laboratórios de pesquisa, enquanto trabalhamos para desenvolver aplicações quânticas práticas para os negócios e para a ciência”.
Mais do que uma grande inovação, o lançamento do computador é simbólico, analisa o The Verge. “O Q System One pode ter sido desenhado para uso comercial, mas não está exatamente pronto para isso”, diz a publicação, que ressalta que os computadores quânticos ainda são dispositivos experimentais. “Eles não superam o desempenho dos computadores clássicos em tarefas úteis, mas são ferramentas de pesquisa que nos permitem entender, qubit por qubit, como a computação quântica poderá funcionar”.
Para Winfried Hensinger, professor de tecnologia quântica da Universidade de Sussex, o Q System One é uma primeira tentativa de dominar esse campo. “Não ache que é um computador quântico que pode resolver todos os problemas pelos quais a computação quântica ficou conhecida. Pense nele como um protótipo que te permite testar e desenvolver alguma programação que pode ser útil no futuro”, disse ele ao The Verge.
O Q System One é um cubo selado de 2,7 metros de altura, com os elementos de computação quântica pendurados no meio. Quem quiser fazer experimentos com o aparelho, porém, não vai poder instalar o computador em seu escritório. Assim como outros computadores quânticos da IBM, o Q System One é acessível apenas via nuvem — as empresas e institutos de pesquisa poderão comprar tempo na rede IBM Q Network, segundo o The Verge.
A grande inovação do produto é o design. Segundo a IBM, a principal conquista é transformar uma máquina quântica experimental em algo com confiabilidade (e aparência) mais próxima da de um computador. Computadores quânticos são aparelhos delicados, cujas partes precisam ser mantidas a temperaturas baixíssimas e que podem ser afetados por minúsculas flutuações elétricas ou vibrações. O Q System One, diz a IBM, minimiza esses problemas.
Ao The Verge, o vice-presidente de pesquisa quântica da IBM, Bob Sutor, afirmou que a nova máquina é mais rápida ao se reiniciar. Segundo ele, ligar o computador quântico após um problema técnico ficou muito mais veloz com o Q System One. "O que costumava levar semanas agora leva horas ou dias", diz Sutor.
Fonte: Época Negócios
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