O carro elétrico não é a melhor solução para melhorar o meio ambiente no Brasil - na opinião dos presidentes de duas das maiores fábricas de veículos do Brasil, a Mercedes-Benz e a Fiat. Para eles, o carro a etanol é a mais viável e eficiente alternativa para reduzir a poluição no Brasil.
O presidente da Mercedes-Benz do Brasil, Phillipp Schiemer, e o presidente da Fiat, Cledorvino Belini, dizem que o carro elétrico seria inviável no Brasil, por causa da falta de infraestrutura no setor de energia. E o híbrido (movido a gasolina e a energia elétrica), seria ineficiente.
Segundo Phillip Schiemer, a rede elétrica no País não comportaria a utilização em massa de veículos elétricos. "Imagine em um edifício, se dez ouvinte moradores resolvem usar a tomada ao mesmo tempo para abastecer. Isso provocaria um blecaute na cidade inteira", afirmou Schiemer, durante debate promovido pelo Estadão.
De acordo com o presidente da Mercedes-Benz, a tecnologia dos carros elétricos precisa ser aperfeiçoada, pois abastecer um veículo em uma tomada comum demora pelo menos dez horas.
Ele comentou que os motores a diesel são vistos como mais econômicos na Europa; e que os híbridos (com motorização elétrica e a gasolina) são mais viáveis nos Estados Unidos.
No Brasil, as condições atuais da tecnologia e infraestrutura não recomendam, diz ele, o uso de carros elétricos ou híbridos.
"A melhor solução para o Brasil é a dos carros movidos a etanol, pois é uma energia renovável e que ajuda a reduzir a poluição e ainda contribui para a economia", afirmou, durante o Fórum Estadão Regiões: Sudeste.
O presidente da Fiat, Cledorvino Belini, que também participou do debate, também considera o etanol a melhor alternativa de combustível para os carros no Brasil. "Com os motores flex, o etanol sem dúvida é melhor que os elétricos ou híbridos em temos de eficiência e impacto ambiental", afirmou.
Os dois presidentes consideram que existem outras coisas que o Brasil pode fazer para reduzir a poluição, como tirar de circulação os caminhões com tecnologia antiga (euro zero) e obrigar que todos utilizam as tecnologias mais modernas (euro 5).
"O benefício para o ambiente é muito melhor do que trocar os carros para motorização elétrica", afirmou Phillip Schiemer.
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