Desistência no curso de engenharia coloca em risco desenvolvimento do Brasil

O curso demora, em geral, cinco anos, e atualmente é mais procurado do que o direito nos vestibulares. Porém, a maioria dos alunos desiste antes de completar os estudos. Tornando assim um ponto crítico para o desenvolvimento do País.
Segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria),  57,4% dos alunos abandonam a faculdade de engenharia no meio do curso. Os principais problemas que levam à evasão são a deficiência em matemática e física, o valor das mensalidades, a falta de experiências práticas durante o curso, além da escolha prematura do tipo de especialização.
Richard K. Miller, presidente da faculdade norte-americana de engenharia Franklin W. Olin, defende que o trabalho em equipe pode ajudar a superar os problemas com a formação básica dos alunos.
— Matemática pode ser frustrante. Você começa a trabalhar em um problema e para em uma dificuldade. Se você tem uma pequena equipe, quando encontrar uma dificuldade, você pode ultrapassá-la.
No Brasil, o Pró-Engenharias (Programa de Apoio ao Ensino e à Pesquisa Científica e Tecnológica em Engenharias) possui uma parte específica dedicada à tutoria, que se encontra em fase de implementação. O programa é uma iniciativa da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), e quer implantar um sistema de acompanhamento amplo dos alunos de engenharia.
Jorge Almeida Guimarães, presidente da Capes, defende a tutoria como uma ferramenta de motivação para o aluno sanar os problemas nas matérias com maior deficiência.
— A ideia é pegar alunos que têm deficiência em matemática, física e química e estudam engenharia para ganharem uma bolsa para não precisarem trabalhar e se dedicarem aos estudos. [...] Segundo, se há dificuldade [nestas matérias], nós vamos colocar um bom aluno na área, ganhando bolsa da Capes, para tutorar outros quatro ou cinco.
Guimarães destaca que a tutoria funcionaria como uma pirâmide. Um grupo de alunos atuaria junto a um tutor, e um grupo de tutores iria atuar junto a um professor. Todos seriam ligados à Capes e receberiam bolsas do órgão.
Demanda do mercado?
Raros casos fogem a esta realidade da evasão. Este é o caso do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e do IME (Instituto Militar de Engenharia), onde a evasão é inferior a 5%.
Murilo Celso Pinheiro, presidente da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), alerta para a necessidade de se formar mão-de-obra qualificada no mercado.
— Ao longo de mais de duas décadas de estagnação, a engenharia perdeu relevância e os profissionais se viram sem espaço para atuar. Com isso, para os estudantes, a engenharia não era tão atraente. Porém, hoje, o cenário é outro. Por isso, precisamos fazer com que os jovens enxerguem a engenharia como a profissão do momento e do futuro.
— Não precisaríamos abrir mais vagas de engenharia, mas trabalhar para ocupar as vagas ociosas, que ficam desocupadas devido à evasão dos alunos.   Completa Jorge Guimarães.
Pra você, existe algum outro ponto que levam o alundo a desistência que não foi retratado acima? Deixe-nos saber a sua opinião aqui nos comentários.

Ademilson Tiago de Miranda Ramos – Facebook – Twitter – Instagram
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Estudante de Engenharia Elétrica e Criador do Engenharia é:

Fonte e demais informações: http://www.engenhariae.com.br/colunas/desistencia-no-curso-de-engenharial/

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