Coppe inaugura centro de pesquisa para otimizar produção do pré-sal

"A concentração do CO2 é maior em reservatórios mais profundos, como o do pré-sal. Esse CO2 pode ser separado do gás e reinjetado no poço, facilitando a produção de petróleo", explicou o professor do programa de Engenharia Química Cristiano Borges, um dos coordenadores do centro de excelência

O Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) inaugurou hoje (2) o Centro de Excelência em Gás Natural. A unidade começa as atividades na próxima semana com a missão de otimizar o processamento de gás e a produção de petróleo na camada pré-sal.

"A concentração do CO2 é maior em reservatórios mais profundos, como o do pré-sal. Esse CO2 pode ser separado do gás e reinjetado no poço, facilitando a produção de petróleo", explicou o professor do programa de Engenharia Química Cristiano Borges, um dos coordenadores do centro de excelência.

Os pesquisadores terão duas formas de separar o gás carbônico do gás natural: por absorção e adsorção, que usam equipamentos mais pesados e robustos, e a por membrana, uma espécie de filtragem do gás em nível molecular, semelhante a que é feita na respiração humana. Com o aprimoramento dessas técnicas, há ganhos financeiros e ambientais, destaca Borges. "A separação por membrana permite equipamentos até três vezes menores e até quatro vezes mais leves, o que reduz o custo de capital, eliminando material. Com a separação do CO2 e a injeção dele de volta no poço para melhorar a produção, evitamos que ele seja lançado na atmosfera".

Cerca de 80 pesquisadores da Coppe e da Escola de Química da UFRJ vão trabalhar no centro de pesquisa, que ocupa 2,2 mil metros quadrados em um prédio no parque tecnológico da universidade, na Ilha do Fundão, zona norte do Rio. A Petrobras investiu R$ 30 milhões no CEGN para os estudos da utilização de membranas na separação do gás natural.

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