Crowdfunding; os mais antenados e tecnológicos certamente conhecem o termo. E todos nós conhecemos a expressão brasileira “fazer uma vaquinha”. Se você ainda não entendeu, saiba que essas duas têm a ver! O crowdfunding é uma espécie de “vaquinha” na internet; o processo de financiamento coletivo faz sucesso mundo afora e começa a se estabilizar também por aqui.
Nos Estados Unidos, o maior portal do gênero é o Kickstarter. Para se ter uma ideia do tamanho do sucesso, só no ano passado, o site de financiamentos coletivos arrecadou mais de 319 milhões de dólares – mais de 700 milhões de reais; muito dinheiro! Mais de dois milhões de pessoas contribuíram com os mais diversos projetos, dos quais 18 mil conseguiram ser realizados. Alguns projetos conseguiram somar mais de um milhão de dólares.
"É nítido o crescimento no Brasil. Quando começamos, havia uma dúvida muito grande sobre o que é isso e hoje existe uma busca maior para saber quais projetos estão na moda sobre este assunto. Cada vez mais pessoas já colaboravam com algum projeto de amigo, família ou banda favorita. Agora não é mais assim: é um projeto que ele pesquisou no site e quis colaborar", afirma o sócio-fundador do Catarse, Diego Reeberg. "Hoje 30% de tudo que entra no site são de pessoas que já colaboraram com mais de um projeto", ele completa.
No Brasil, o Catarse é o maior portal de crowdfunding em operação, mas já existem mais de 35 plataformas do gênero – algumas específicas, outras mais genéricas. Em dois anos e meio de operação, o portal recebe entre 30 e 40 projetos todas as semanas. Atualmente, existem cerca de 100 projetos arrecadando doações. Mais da metade atinge a meta e acaba realmente saindo do papel; ou melhor, da internet.
"O crowdfunding pode funcionar para questões importantes da sociedade, mas que não tem maneiras de serem financiadas normalmente", conta Reeberg, explicando que desta forma, o projeto depende apenas das pessoas para sair do papel, sem necessidade de passar por governo ou patrocínio de alguma empresa.
Qualquer pessoa pode colaborar para a realização de um projeto quanto arrecadar dinheiro para realizar seu próprio. Mas para isso, além de elaborar uma bela apresentação da sua proposta, ela precisa passar pelo crivo dos criadores do canal, senão vira bagunça.
"Nosso principal critério é entender a proposta e se é um projeto criativo, que traz algum valor novo para a sociedade ou para algum grupo de pessoas, e tenta entender se existe alguma rede disposta a colaborar com a iniciativa", afirma Reeberg.
É possível contribuir com qualquer valor a partir de 10 reais e receber recompensas pela participação. Se o valor pedido for atingido no prazo escolhido, você recebe o dinheiro para investir no projeto. Senão, todo mundo recebe o dinheiro de volta. Para garantir a segurança dos usuários, o portal funciona exatamente como um e-commerce, mas arrecada todas as contribuições em uma conta própria e só repassa para o criador do projeto se o valor pedido for alcançado.
É impossível não querer comparar Catarse e Kickstarter, mas as proporções são completamente diferentes. Mesmo porque Brasil e Estados Unidos têm uma diferença muito grande de cultura de mercado. Lá, eles estão muito mais acostumados a doar dinheiro e contribuir com ações filantrópicas. Mas, sim, os gringos serviram de modelo para criar uma ferramenta específica para nós, brasileiros.
"Quando começamos a plataforma, havia uma vontade de fazer no Brasil como eles faziam lá fora", explica o sócio-fundador, explicando que o serviço tenta se adaptar à cultura brasileira.
E você, já contribuiu para algum projeto? Conhecia o crowdfunding? No olhardigital.com.br você encontra um link com os principais portais de financiamento coletivo do país. Se tiver uma grande ideia e não souber por onde começar arrecadar dinheiro, que tal experimentar? Aproveite para conhecer também os projetos já aprovados no Brasil e nos Estados Unidos.
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