Acordos bilaterais facilitarão a entrada de micro e pequenas empresas brasileiras no exterior


O governo brasileiro deverá anunciar ainda neste semestre um conjunto de acordos bilaterais para facilitar a chegada de pequenas e médias empresas brasileiras em mercados internacionais. A parceria também prevê a entrada, no Brasil, de instituições de excelência, principalmente no setor de energias renováveis.
De acordo com a coordenadora executiva da agência de inovação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Shirley Coutinho, alguns dos acordos foram “costurados” durante a missão internacional à Portugal, França e Inglaterra, chefiada pela presidente da República Dilma Rousseff. Shirley integrou a comitiva nacional e ressalta que o governo usará recursos de programas já existentes para implementar a ideia, como o Inova Empresa e o Ciências sem Fronteiras (CsF).
“O Brasil quer internacionalizar suas empresas. Será uma espécie de intercâmbio para que possam aprender e trazer o conhecimento de volta. A gente não pode ficar só no mercado interno. Essa troca nos fortalecerá para o enfrentamento da violenta competição da China. É preciso nos armar com que a gente tem de melhor”, enfatizou a coordenadora da PUC, em entrevista exclusiva para a Agência Gestão CT&I de Notícias durante o 7° Encontro do Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec), em Belo Horizonte (MG).
Apesar de ainda não haver uma data definida para apresentação oficial da iniciativa, Shirley falou que alguns acordos já foram assinados. Em uma visita recente a Londres, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, assinou memorandos na área de computação de alto de desempenho.
O governo ainda está em fase de definição das áreas de interesse para receber as empresas internacionais, explica Shirley. No entanto, ela adiantou que o setor de energias renováveis, que receberá aporte bilionário pelo Inova Empresa, estará entre os contemplados. “Empresas que desenvolvem smart grids, tecnologia que o Brasil está muito longe de dominar, devem fazer parte do primeiro lote de instituições a se instalarem em solo nacional”, ressalta.
O programa inicialmente englobará os três países. Shirley explicou que a escolha do parceiro se deu, em boa parte, pela comemoração Ano Brasil promovido em alguns países europeus, o que possibilitou a assinatura de diversos acordos. “A lista de parceiros, no entanto, não ficará restrita a essas nações”, afirmou.

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