Achados indícios do que pode ser matéria escura


Após 18 anos de pesquisas e investimentos  de quase US$ 2 bilhões, cientistas anunciaram, na quarta-feira (03), o que acreditam que possa ser indícios de matéria escura. Responsável por um quarto do universo e pelo posicionamento dos astros, ela é um mistério para a ciência, pois não pode ser vista.
Os primeiros resultados foram apresentados pelo Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern) e pela Nasa. Os achados futuros podem se transformar na principal descoberta da ciência em anos - o equivalente à descoberta de um novo continente, disse Pauline Gagnon, cientista do Cern.
A constatação foi de que houve uma amplificação de pósitrons (um tipo de antimatéria), que teriam sido produzidos pelo choque entre partículas da matéria escura. Nesse caso, seria a primeira verificação direta da sua existência.
A identificação da matéria escura se transformou em uma das prioridades da física moderna.
A matéria considerada "normal" - aquela que pode ser vista por telescópios, como estrelas e galáxias - representa 4,9% do universo. Outros 26,8% seriam formados pela misteriosa matéria escura, que não pode ser vista porque não interage com a luz. O restante seria composto por energia escura, componente ainda mais misterioso.
Apesar do entusiasmo, os cientistas dizem que ainda não é possível dizer com certeza se os pósitrons vêm da matéria escura ou de outras fontes. "Precisamos de mais tempo. Levamos quase 18 anos para chegar ao que atingimos hoje", disse Samuel Ting, chefe do projeto no Cern. As medições foram feitas com o aparelho AMS, na Estação Espacial Internacional (ISS). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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