Seminário Internacional de Engenharia de Saúde Pública discute saneamento e meio ambiente


Apenas 16% dos municípios brasileiros possuem planos na área de gestão de riscos. A informação foi dada no dia 19, pelo palestrante dos Estados Unidos, David Stevens, da Agência United Nations Platform for Space-base Information for Disaster Management and Emergency Response (UNSPIDER), durante o 4° Seminário Internacional de Engenharia de Saúde Pública da Funasa (Siesp), que segue até o dia 22 de março, em Belo Horizonte (MG).
O objetivo é apresentar e debater soluções e tecnologias que permitam às populações de pequenos municípios do país reduzir déficits de saúde pública provocados pela falta de saneamento básico.
Na oportunidade, Stevens falou sobre a relevância das cidades brasileiras aumentarem o seu índice de resiliência para evitar que a população seja prejudicada com os efeitos de catástrofes naturais. “O prefeito que trabalha com prevenção tem como resultado uma cidade sem desastres, mas isso não dá voto”, afirmou.
Ele disse que as cidades que conseguem absorver rapidamente os impactos do desastre e retornam a seu estado de equilíbrio – ecológico e social – após passar por um desastre natural são consideradas resilientes. “O maior benefício para a população é a qualidade de vida. Mas a satisfação reflete também na economia. Rio de Janeiro e Santa Catarina são Estados que têm evoluído em busca de resiliência”, disse.

Na opinião do pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco, Neison Cabral Freire, a elaboração de planos de gestão de risco deve incluir as fases de antes, durante e depois dos desastres. “Cada fase tem ações, recursos humanos e tempos distintos, por isso devem ser discutidas com as comunidades envolvidas com áreas de risco sujeitas às catástrofes naturais”, destacou.
Freire ainda reforçou a importância do debate no seminário. “As instituições públicas precisam conhecer, discutir e planejar os desastres. Um evento como este faz parte de uma estratégia de adoção de resiliência às cidades do país”, lembrou.
Os participantes também vão debater como ampliar o acesso aos sistemas de esgotamento sanitário e abastecimento de água, além de soluções alternativas para a disposição irregular do lixo urbano, que provoca danos ambientais, dentre outros termas
Durante o seminário será realizada a 2ª Feira de Tecnologias em Engenharia de Saúde Pública com a exposição de inovações tecnológicas e a 4ª Mostra de Pôsteres que visa promover o debate, o intercâmbio e a divulgação dos resultados de pesquisas, estudos e trabalhos de campo voltados para os assuntos do evento.
(Agência Gestão CT&I de Notícias com informações da Funasa)

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