Evento marca 25 anos de empresas juniores no Brasil e 10 anos de Brasil Júnior


A nova diretoria da Brasil Júnior, a Confederação Brasileira de Empresas Juniores, tomou posse ontem (23/1) em evento na Fundação Getulio Vargas, em São Paulo. A ocasião também comemorou os 25 anos de empresas juniores no país e os 10 anos da formação da Brasil Júnior.

Os novos diretores têm como missão disseminar os conceitos de empresa júnior e de empreendedorismo. “Queremos que as pessoas que formamos sejam reconhecidas dentro das empresas e que o universitário veja o empreendedorismo como opção de carreira”, afirmou Marcos Barão, novo presidente da entidade. 

Movimento Empresa Júnior (MEJ) começou em 1967 na França e chegou ao Brasil em 1988, para inserir a vivência empresarial nas universidades a partir de empresas formadas e geridas por alunos. Atualmente, existem centenas de empresas juniores no Brasil, que estão mudando a forma de o estudante de trabalhar e encarar a carreira. 

Ao dar início à cerimônia, o coordenador do Laboratório de Inovação, Empreendedorismo e Sustentabilidade da FGV-SP, Ademar Bueno, observou que naquele salão havia pessoas chegando de todo o Brasil com mala e travesseiro debaixo do braço e vestindo terno. “Essas coisas você só vê em empresa júnior”, disse. Discursos apaixonados de antigos diretores fizeram parte da programação. 

Rogério Cher relembrou o início da primeira empresa júnior do Brasil, da qual fez parte quando estudava na FGV. Para ele, esse começo foi importante para definir um novo rumo na sua carreira. Em 2000, depois de ter concluído um MBA, sentia que o seu trabalho não tinha mais significado e resgatou elementos que eram essenciais para ele como empresário júnior, como vocação, causa, contribuição para a sociedade, relações pessoais e domínio do conhecimento. 

Para Rodrigo Teles, presidente da Fundação Estudar, empreendedorismo é uma atitude que vai além de empresas. A sua inspiração para empreender é o medo do desconhecido. Ele busca sempre novos medos e novos momentos que deem frio na barriga para crescer e não se acomodar em um trabalho. “Tem que fazer, viver, sofrer e saber que vai apanhar e ser resiliente”, disse. 

Crescimento e planos para o MEJ 

Ana Paula Pereira, que até ontem era presidente da Brasil Júnior, apontou os resultados alcançados pelo movimento durante sua gestão, que acrescentou uma linha à sua missão. Além de formar empreendedores comprometidos e capazes de transformar o Brasil, o sonho é, também, formar um Brasil mais empreendedor. Para disseminar esse valor, os 30 gestores da empresa viajaram mais de 50 mil quilômetros e visitaram 19 estados e 104 empresas juniores. 

Nesses dois anos, o número de empresas federadas cresceu de 132 para 212 e 52 já deram início ao processo. Hoje, 14 estados são federados a Brasil Júnior e três já estão em processo para fazer parte da federação em 2013.

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