Estudantes questionam o critério de concessão de bolsas do CsF


A exclusão de cursos da área da saúde e humanas do último edital do programa Ciências sem Fronteiras (CsF) foi  tema de debate em audiência pública realizada, na última quinta-feira (13), na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.

O presidente da Frente Parlamentar da Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação, o deputado Izalci Lucas (PSDB-DF), e também requerente da audiência, levou à bancada uma série de reclamações feitas por estudantes sobre as razões para o programa ter concedido tão poucas bolsas de pós-graduação a estudantes das áreas de ciências humanas.

Segundo o coordenador do programa, Geraldo Nunes, a escolha do direcionamento das bolsas foi feita pela presidente da República, Dilma Rousseff. “Então houve uma retirada: jornalismo, administração, comunicação, entre outros. A presidenta solicitou que os próximos editais contemplassem exclusivamente as áreas que fossem com enfoque exclusivo tecnológico”.

Representando a classe de estudantes, a aluna de biblioteconomia da Universidade de Brasília (UnB) Maria Luiza dos Santos relatou sua frustração ao contar que se preparou o ano todo para concorrer à vaga e soube, somente em novembro, que seu curso tinha sido cortado da lista. 

De acordo com a estudante, alunos de todo o país se juntaram em um movimento de protesto batizado de Ciência com Fronteiras e acionaram o Ministério Público. "Ainda falam que é questão de área prioritária, mas no meu caso de editoração e publicações eletrônicas envolve tecnologia”.

Outro assunto abordado no encontro foi atraso no pagamento de bolsas para estudantes brasileiros que estão na Europa. Segundo o coordenador do programa, o Banco do Brasil não sabia que haveria dificuldades em efetuar o pagamento para estudantes de pequenas cidades europeias, onde não há representações do Banco do Brasil e o pagamento tem que ser repassado via bancos locais.

“O Banco do Brasil se deparou com essa dificuldade agora. Nós estamos cotidianamente nos reunindo com a instituição financeira para resolver isso. Nós não sabíamos que esses bancos não têm nem código internacional para recepção de recursos externos”.

(Agência Gestão CT&I de Notícias com informações da Agência Câmara)

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