ENCONTRO DISCUTE O DESENVOLVIMENTO DA MINERAÇÃO


A pouco mais de uma hora, foi encerrado um talk-show na Exposibram 2012, com o tema “Mineração e Desenvolvimento Local e Regional”. Com mediação da jornalista Úrsula Vidal, ele contou com a presença de David Leal, secretário de Estado de Indústria, Comércio e Mineração do Pará (SEICOM/PA); Julio Sanna, presidente da Mineração Rio do Norte (MRN); Paulo Castellari-Porchia, presidente da Unidade Minério de Ferro da Anglo American; e Tito Martins, diretor superintendente da Votorantim Metais.
O encontro foi marcado por discussões de temas diversos dentro da mineração, porém polêmicos. Para Sanna, “todo processo regulatório dentro da atividade mineral tem evoluído”. Já Castellari conta que todos desejam uma legislação mais forte. “O problema é a questão da execução”, afirma. Martins vê a burocracia como fator que atrasa projetos. “Há uma grande demora para apresentar os possíveis impactos causados em regiões mineradas. Isso é o que leva mais tempo”, diz.
Questão da mão-de-obra
Com muitos investimentos sendo realizados e previstos para a mineração, a questão de mão-de-obra qualificada é um ponto de discussão. “Aqui no Pará, a falta dela é muito séria. Devem ser investidos R$ 120 milhões até 2016 no segmento, com a criação de 120 mil novos empregos”, relata Leal. “O grande problema brasileiro é com a formação de mão-de-obra técnica. Por isso, investimos tanto em Goiás e Minas Gerais nos treinamentos”, afirma Castellari.
As companhias acabam precisando fomentar parcerias com SENAIs ou criar cursos de formação/qualificação. “As empresas precisam se empenhar mais em treinamento, especialmente em municípios afastados dos grandes centros, onde não há formação de um grande número de profissionais”, conta Martins.
Mineração na Amazônia
O fato de a indústria estar voltando seus olhos para a Amazônia, de certa maneira, desperta a curiosidade de todo o mundo. “Minerar na Amazônia passa por variadas questões ambientais, principalmente pela visibilidade externa que causa”, segundo Sanna. “Acredito que a questão social seja até mais importante. Muitas vezes, prefeitos não fazem bom uso dos recursos obtidos com a mineração”, diz Leal. A falta de um aparelho melhor estruturado pelo poder público municipal foi criticada no encontro.
Na visão de todos os profissionais no talk-show, a relação com a sustentabilidade definitivamente fará parte, cada vez mais, do vocabulário de acionistas. “Eles vão levar isso em conta, gradativamente, com o passar do tempo. Empresas mais preocupadas com o meio-ambiente sairão ganhando”, completa Martins.
6 de novembro de 2012

Fonte e demais informações: http://www.inthemine.com.br/mineblog/?p=1027

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