Omega investirá R$900 milhões em renováveis até 2014


Empresa inaugura PCHs no Mato Grosso do Sul e avança na construção de parques eólicos


A Omega Energia inaugurou nesta quinta-feira (20/9) o complexo Indaiás, formado pela PCH Indaiá Grande (20MW) e Indaiazinho (12,5MW), no município de Cassilândia, Mato Grosso do Sul. A cerimônia, que contou com a presença dos investidores, oficializou a operação comercial dos empreendimentos, que receberam aporte de R$190 milhões.
A Omega Energia Renovável pretende totalizar R$900 milhõesentre 2012 e 2014. A empresa inaugurou nesta quinta-feira as PCHs Indaiá Grande (20MW) e Indaiazinho (12,5MW) em Cassilândia, no Mato Grosso do Sul. A empresa ainda tem em operação a PCH Pipoca (20MW), em Minas Gerais, e o parque eólico Gargaú (28MW), no Rio de Janeiro. As três pequenas centrais hidrelétricas foram viabilizadas através do mercado livre de energia, enquanto a usina a ventos é proveniente do Programa de Incentivo às Fontes Alternativa de Energia (Proinfa).
Em janeiro de 2013, a companhia inicia a construção do complexo eólico Delta, no Piauí. Os três parques que compõem o empreendimento venderam a produção futura no último leilão A-3, realizado em 2011 pelo governo. As usinas vão somar mais 70MW à carteira de empreendimentos da Omega, que conta com outros 3 mil MW em projetos no portfólio para serem viabilizados.
Segundo o CEO da empresa, Antonio Bastos, está em estudo a participação no próximo leilão A-3, com projetos de energia eólica. Mas, para as PCHs, Bastos acredita que os certames nos moldes atuais já não fazem muito sentido. Ele reforça o coro do setor, que vê como caminho para o desenvolvimento e competitividade da fonte os leilões regionais e por tipo de fonte. “Acho que esses dois elementos formam um caminho interessante para se explorar e que pode trazer mais competitividade para os leilões”.
Para o CEO, se a ideia é buscar uma diversificação da matriz energética, não é cabível que fontes com custos e riscos diferentes entrem em competição. Na questão dos certames regionais, ele avalia que seriam uma solução para evitar uma crise no sistema de transmissão de energia, possibilitando um equilíbrio entre a oferta e a demanda local.
“Acho que quem não gosta de hidrelétrica não gosta do Brasil. Uma fonte tão virtuosa e perto da fonte de consumo...inegavelmente, para o futuro, esses projetos tendam a se viabilizar”, opina Bastos.
A empresa

A Omega Energia foi criada no começo de 2008 e, no final de 2010, recebeu um aporte de R$350 milhões de fundos de private equity administrados por Warburg Pincus e Tarpon Investimentos. 
Na entrega das PCHs no Mato Grosso do Sul, a companhia comemorou também o tempo de construção: foram apenas 20 meses para colocar as usinas em funcionamento. “Mas o elemento principal é que vamos fazer mais do que fazemos melhor. Não é por acaso que terminamos as nossas quatro usinas dentro do prazo”, comentou o CEO da empresa, Antonio Bastos.
Imbrógio eólico

Questionado sobre o impacto de medidas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que apertou os critérios e a fiscalização do cumprimento de índices de nacionalização em equipamentos eólicos, Bastos disse ver a situação como algo natural e importante para a consolidação de uma indústria no Brasil.
“Acho que o governo está certo. Se o BNDES está disposto a financiar com taxas favoráveis, nada mais razoável que ele tenha uma contrapartida, que é o conteúdo local. Como brasileiro, acho que o BNDES está fazendo o papel dele. Por outro lado, como alguém do setor, me preocupa a questão de prazos e a dinâmica dos fornecedores”, analisou o executivo. Bastos considera que existem pelo menos quatro ou cinco empresas com condições de manter o fornecimento de turbinas eólicas no País.
* A repórter viajou a convite da Omega Energia Renovável.

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