A M&T Expo, maior feira de construção e mineração da América Latina, começou hoje. Realizada no Centro de Exposição Imigrantes, em São Paulo (SP), com uma área de 110 mil m² conta com quase 500 expositores - de mais de 25 países - e apresenta lançamentos de aproximadamente 1000 marcas fornecedoras de equipamentos.
Dos 493 expositores, 226 são de marcas internacionais - sendo 151 chinesas. De acordo com o diretor-executivo da feira, Hugo José Ribas, a maioria das empresas da China marca presença com um “stand institucional”, vindo para conhecer o País. Para Afonso Mamede, presidente da Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção), organizadora da M&T, é positiva a vinda dos chineses, já que eles não podem estar fora do mercado brasileiro. “A globalização é um caminho sem volta”, diz.
Com relação a invasão de equipamentos estrangeiros, Mamede afirma que a preocupação da Sobratema, junto à ABIMAQ (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos), relaciona-se à normatização das máquinas.”Todo equipamento que entra no País, precisa ter homologação”.
A perspectiva da Sobratema para essa M&T é positiva, refletindo o bom momento da economia brasileira - com 9.702 obras previstas para começar ou ter continuidade em 2012 e nos próximos anos, com valor de R$1.35 trilhão. São esperados 45 mil visitantes, 10% a mais que a edição anterior, realizada em 2009.
Para Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema, entre 2009 e 2012, houve uma mudança cultural no setor em termos de aquisição de equipamentos. “A tendência atual é adquirir máquinas com tecnologia embarcada, as indústrias vendem mais do que há quatro anos”.
Eurimilson também comenta que o setor de locação é o que mais cresce na área de construção e mineração - a despeito de algumas empresas atualmente contarem com parte de suas frotas estacionada . Hoje, o setor fatura R$ 3 bilhões ao ano e responde por 30% das máquinas comercializadas (nos anos anteriores, esse valor correspondia à 10%). “No cenário futuro, é esse o mercado que vai crescer e que vai oferecer um retorno de capital”, afirma.
Dentre as dificuldades dos setores contemplados na feira, Mamede cita a falta de leis para operação de equipamentos de grande porte e a necessidade de investimentos em infraestrutura.
Barbara Bigarelli e Ricardo Gonçalves
29 de maio de 2012
Fonte e demais informações: http://www.inthemine.com.br/mineblog/?p=908
Comentários
Postar um comentário