Integração solar-eólica-hidrelétrica pode ser o próximo passo

Crédito: Reprodução
A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) apresentou nesta quarta-feira (24/5), em São Paulo, um estudo que propõe a criação de um mecanismo de realocação de energia (MRE) conjunto entre hidrelétricas e usinas a vento. E o próximo passo pode ser outra associação, não tão distante - dessa vez com a geração solar.

A sócia-diretora da consultoria Engenho, Leontina Pinto, que elaborou o estudo sobre o MRE hidroeólico, disse que a ideia "parece interessante", uma vez que as primeiras indicações são de que a fonte tem maior produção nos momentos em que não há chuva.

Além disso, locais em que são instaladas usinas eólicas muitas vezes possuem ventos maiores à noite. Assim, a presença de placas fotovoltaicas e aergoeradores em um mesmo campo levariam a uma geração mais consistente ao longo do dia.

A ideia de colocar geração solar em parques eólicos já é estudada pela Abeeólica. E um projeto nesse sentido será desenvolvido pela estatal paranaense Copel, que vai instalar uma usina fotovoltaica na área de uma central a vento no Rio Grande do Norte. A ideia é aproveitar também em conjunto subestações, linhas de transmissão e serviços.

Leontina aponta, no entanto, que ainda é preciso esperar que a energia solar entre em um processo de maturação no País, o que deve acontecer nos próximos anos. "Ela precisa antes se firmar, como aconteceu com a eólica". 

Comentários