O Fórum dos Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec) lançou ontem (17), em Belém (PA), um catálogo com 184 tecnologias verdes desenvolvidas nos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs). A publicação é pioneira e reúne inovações em diversos setores. Entre eles, biocombustíveis, energia solar e mineração.
Organizado em parceria com a ABIPTI, a Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) e a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), que formam a Tríplice Aliança em Prol da Inovação Tecnológica, o catálogo foi montado para ser apresentado na reunião da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
“A tecnologia verde está se transformando em negócios sustentáveis para muitas empresas. Esse é apenas um primeiro levantamento. Sabemos que há muitos outros projetos”, afirmou o presidente do Fortec, Ruben Sinisterra. “Ele é fruto da união do Fortec com a tríplice aliança. As instituições juntas representam todo o ecossistema de ciência e tecnologia. Esta é uma das ações importantes que vamos tomar para fortalecer o setor”, disse.
O livro foi lançado durante o 6º Encontro Nacional do Fortec e está disponível para download no sitewww.forte-br.org. A ideia do fórum é transformá-lo em um banco de dados disponível para pesquisa online. “A informação vai ser útil para os governos, para o ambiente de ciência, tecnologia e inovação e para a indústria inovativa”, afirmou Sinisterra.
De acordo com o diretor de Relações Interinstitucionais da ABIPTI, Félix Silva, 50 instituções listadas no catálogo são associadas à entidade. “O catálogo servirá também de estímulo para os institutos de pesquisa desenvolverem tecnologias verdes. É uma maneira de disseminar o que está sendo feito pelo Brasil e envolver novas instituições nessa área”, disse.
Das 188 tecnologias listadas, 87 foram desenvolvidas na região Sudeste, 32 na região Sul e 15 na região Norte. A área que mais apresentou resultados foi a de tratamento de efluentes. Cerca de 15,5% das soluções são resultados de pesquisas neste segmento.
(Felipe Linhares, de Belém, para o Gestão C&T online)
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