EUA: 2ª melhor universidade do mundo pode ter centro no Brasil


O governo brasileiro e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) - considerada a segunda melhor universidade do mundo pelo ranking Times Higher Education - começaram negociações para a instalação de um centro de pesquisa da instituição americana no Brasil. O anúncio foi feito pelo ministro Aloizio Mercadante após a visita ao MIT Media Lab, laboratório de pesquisa da instituição, nesta terça-feira, em Boston.
Segundo o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, as negociações para a abertura da possível sede do MIT no Brasil estão em andamento e ainda não há previsão sobre a cidade onde ela ficará. "Estamos agora concluindo as negociações e a presidenta deu integral apoio. Vamos ter uma escola do MIT no Brasil". Ainda de acordo com Mercadante, também não há previsão da data de quando o centro poderá ser inaugurado. "(Para) Tudo no Brasil nós temos pressa. Então depende do ritmo deles, o nosso vai ser bem acelerado", disse. No entanto, a instituição americana afirmou que apenas negocia uma parceria com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que assinou hoje um acordo com a universidade americana com o objetivo de expandir a formação de engenheiros no Brasil.
Durante a visita, foram assinados acordos entre o governo brasileiro, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e o MIT para a ampliação de bolsas de estudos do programa Ciência sem Fronteiras, que prevê a concessão de 100 mil bolsas para brasileiros no exterior até 2014.
Na ocasião, a presidente Dilma Rousseff enfatizou a importância da parceria com instituições de ensino americanas. "A parceria para o século 21 está baseada no conhecimento", disse. Segundo a direção do MIT, há um total de 58 estudantes brasileiros atualmente no instituto, sendo 10 de graduação, 40 de de pós-graduação e oito visitantes. Há também sete brasileiros em programas de pós-doutorado e três professores do Brasil.
Ainda nesta terça-feira a comitiva brasileira visita a Universidade de Harvard, onde está prevista assinatura de outros acordos e um encontro da presidenta Dilma Rousseff com os estudantes brasileiros bolsistas do programa Ciência sem Fronteiras que estão no país.
Programa
O Ciência sem Fronteiras busca promover a expansão e internacionalização da ciência e tecnologia brasileiras por meio do intercâmbio de estudantes, professores e pesquisadores. A oferta de bolsas prevê as modalidades graduação-sanduíche, educação profissional e tecnológica e pós-graduação - doutorado-sanduíche, doutorado pleno e pós-doutorado.

O programa estabelece a oferta de até 100 mil bolsas em quatro anos. Estudantes de graduação e pós-graduação podem fazer estágio no exterior para manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. Além disso, tenta atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil.
Com informações da BBC Brasil.

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