REATIVA NA REDE - ENERGIAS RENOVÁVEIS: O desafio de famílias para usar energia do sol

REATIVA NA REDE - ENERGIAS RENOVÁVEIS: O desafio de famílias para usar energia do sol: Há alguns meses, o engenheiro Pedro Paulo Prado, que trabalhou na área de energias renováveis, resolveu levar a sério a ideia de instalar painéis solares no telhado de sua casa, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro. 

A proposta era pôr em prática o ideal de usar uma energia renovável, que, ao mesmo tempo, poderia reduzir o alto custo da conta de luz da família de quatro pessoas. 
 
Mas, depois de uma série de cálculos, ele chegou a uma conclusão sustentada por pesquisadores do setor: ainda é inviável, para a maior parte das famílias brasileiras, arcar com os custos de ter painéis fotovoltaicos em casa. A boa notícia é que isso deve mudar, pois governo e empresas estão estudando alternativas de baratear essa fonte de energia. A Cemig, por exemplo, vai testar o repasse da energia gerada não utilizada pelos consumidores à rede. Especialistas apostam que 2012 e 2013 serão marcos da expansão no país.

O que falta para o sol se popularizar como fonte de energia é subsídio, ou barateamento dos preços, o que só ocorre naturalmente com aumento da demanda. Tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei, criado ano passado, para regular a geração de energia solar em residências e a venda de excedente para concessionárias que distribuem energia. 
 
No caso da Cemig, concessionária de cidades de Minas Gerais, a empresa já tem um projeto piloto que pode funcionar assim que a legislação for aprovada e regulamentada. O Cidades do Futuro vai testar possibilidade de receber dos consumidores a energia excedente gerada, dando algo em troca.

Hoje, ainda é raro encontrar uma casa brasileira ostentando uma placa fotovoltaica. A família do engenheiro Pedro Paulo, por exemplo, fez uma pesquisa completa sobre o produto. Mas chegou ao seguinte cálculo: levariam cerca de 12 anos para recuperar um investimento inicial de aproximadamente R$ 21 mil, para substituir a maior parte da energia que hoje sai da rede comum por energia solar:

- A economia gerada pelo painel ainda não vale a pena. No caso da minha família, precisaríamos de cerca de 18 painéis para dar conta de toda a energia que consumimos. É caro, e não sei se teríamos espaço no telhado ou no quintal. Além disso, como investimento, é péssimo. 
 
Se colocássemos a mesma quantia para render até na poupança, valeria mais a pena. Sem subsídio ou sem queda nos preços, fica inviável uma família comum ter paineis fotovoltaicos em casa. Só sobra mesmo a questão ambiental, mas não vai ganhar larga escala se não for bom economicamente.

Com ajuda da família, o engenheiro fez uma pesquisa de mercado pela internet e achou um painel com o preço de R$ 1.200, com potência de 125 a 135 watts. Foi com essa base que ele fez os cálculos preliminares, comparando com a média de gasto mensal na conta de luz. A economia por cada painel seria de cerca de R$ 8 por mês, o que ainda é muito pouco. 
 
Sem falar nas dificuldades práticas, já que cada painel custa 2,5kg e, para que se possa utilizar à noite a energia armazenada durante o dia, é necessário comprar baterias, e inversores, para converter a corrente elétrica...

Comentários