Conceito de inovação aberta acelera projetos

Centro de Open Innovation – Brasil prega essa bandeira, que enfatiza a importância da colaboração para melhorar o desempenho de processos.

Por Déborah Oliveira, da Computerworld

24 de outubro de 2011 - 15h49
 
Diferente do modelo que reúne pesquisa, desenvolvimento e comercialização de produtos por conta própria, assumindo os riscos de uma iniciativa inovadora, indústria, universidade e governo unem-se para colocar os projetos em prática. Esse é o princípio da inovação aberta, que enfatiza a importância do uso de conhecimento externo para melhorar o desempenho do processo, capaz ainda de acelerar e reduzir o custo do desenvolvimento.

Essa é a bandeira do Centro de Open Innovation – Brasil. Criado em 2009, a instituição atua com inovação aberta e surgiu da iniciativa de Henry Chesbrough, autor do livro Open Innovation: The New Imperative for Creating and Profiting from Technology. Ele é o criador de um conceito chamado Hélice Tríplice, que prega que para estabelecer inovação é preciso integrar ações do governo, indústria e universidade.

Desde que surgiu, entre os objetivos do centro estão disseminação de boas práticas de inovação aberta no País, incentivo à pesquisa acadêmica e colaboração com outros centros do mundo.

“Quem aposta em um ecossistema propício às relações e à cooperação tem mais chances de ser bem-sucedido no processo”, afirma o diretor do centro, Bruno Rondani.

De acordo com Rondani, esse modelo deve ser baseado em redes que podem incluir centros de pesquisa, clientes, fornecedores, startups e até mesmo concorrentes. “As companhias têm-se movimentado nesse sentido. O próprio Open Innovation já conta com a participação de cerca de 130 entidades, entre elas, aproximadamente 50% de empresas, 30% de governo e 20% de universidades”, diz.

O executivo afirma que esse é um modelo que tem crescido. “Muitas empresas já perceberam

Roldani explica que o papel do Open Innovation não é só o de fomentar a união dos setores, mas também de promover a capacitação. “No ano passado, formamos 77 gestores de inovação, que passaram a conhecer modelos de negócios, questões financeiras etc. Fazemos com que eles entendam qual é o papel do gestor para que ele esteja preparado para atuar na área e viabilizar novidades ao mercado”, diz.
que o pulo do gato é a colaboração”, pontua. Os investimentos em recursos humanos que antes se restringiam ao quadro de funcionários ganham reforços com a colaboração de talentos de fora da organização.

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