Projeto-piloto da Embrapi começa com três institutos de pesquisa

Brasília, 4 a 7 de agosto de 2011 - Nº 1062 - Ano 11

    O MCT e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) assinaram ontem (3), em São Paulo (SP), o memorando de entendimento para a implementação da Empresa Brasileira de Pesquisas Industriais (Embrapi). Os recursos disponíveis para este ano somam R$ 30 milhões e o projeto tem início com a participação efetiva de três centros de excelência nacionais que deverão atender a demanda por inovação da indústria.

     Fazem parte da estrutura inicial os institutos de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e o Nacional de Tecnologia (INT), ambos associados à ABIPTI, além do centro de pesquisa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) da Bahia. O projeto terá como modelo a experiência alemã do Instituto Fraunhofer, parceiro da iniciativa. O objetivo é estabelecer no Brasil um padrão de gestão da inovação.

     De acordo com o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, a Embrapi não será uma estatal, mas sim uma instituição com a gestão compartilhada entre os setores público e privado, com governança majoritariamente privada. Espera-se trazer mais agilidade na inovação no país, com uma estrutura que tenha mais liberdade e flexibilidade na realização de contratos.

     “Não haverá acomodação de trabalhar somente com recursos públicos. Nós queremos é ousadia no mercado. Para ter aporte do governo, o instituto e os pesquisadores deverão conquistar capital privado”, disse em entrevista coletiva após o 4º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria. Cada empresa que demandar pelo serviço de inovação, pagará por ele. Os valores e condições serão definidos a cada contrato. Os institutos atenderão diversos setores da indústria, com foco nas vocações regionais.

     “Com a Embrapi vamos criar uma série de centros tecnológicos de alta performance que trará uma externalidade competitiva para as empresas nas suas cadeias de valor. Os institutos já têm uma cultura de atendimento a empresas e vão poder atender a agenda de resolução de problemas complexos, de pesquisa e desenvolvimento e soluções de engenharias avançadas”, explicou o presidente do Senai, Rafael Lucchesi.

     O projeto começará com estas três instituições, mas a meta é chegar a 30 centros tecnológicos de excelência nos próximos anos. De acordo com o MCT, a Embrapi será uma espécie de organismo certificador para que estas instituições mantenham a competência. “Queremos criar padrões de certificação e de avaliação dos institutos. Nosso foco é resultado. O instituto receberá por aquilo que realizar efetivamente”, completou. A estrutura da empresa deverá ser definida nos próximos seis meses. O ministro também garantiu que os recursos serão ampliados “significativamente em 2012”.

     (Cynthia Ribeiro para o Gestão C&T online)

Fonte e demais informações: http://www.gestaoct.org.br/

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