Já pensou em tirar um fotografia sem se preocupar nunca mais com o foco? Isso que era uma tese de doutorado na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, vai entrar nas lojas talvez ainda este ano. A descoberta é vista como uma revolução na fotografia.
Por causa de uma série de inovações no sistema de captação de luz, o cientista Ren Ng inventou uma câmera que acerta o foco mesmo depois da foto tirada. (Coloquei no www.catracalivre.com.br um simulador da experiência). Ou seja, se você quer o foco na flor e não no rosto, basta clicar alguns botões no computador e recuperar o foco que você gostaria de dar.
Além da lição da fotografia, queria focar aqui em outro ângulo. É o foco educativo: como uma universidade (Stanford), um das principais responsáveis pelo surgimento do Vale do Silício (Google, Intel, Yahoo, Apple, Sun) conseguiu aproximar quem inventa de quem ajuda a transformar uma invenção em realidade.
Esse é o foco que eu queria ver mais nas universidades brasileiras.
Gilberto Dimenstein, 53 anos, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha.com às segundas-feiras.
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