Redação do Site Inovação Tecnológica - 30/06/2011
O robô Bioloide está recebendo "enxertos" de pele em várias partes do  seu corpo para checagem dos diversos tipos de sensação que a pele  robótica pode proporcionar.   [Imagem: Andreas Heddergott/TU München]
O objetivo é fornecer informações táteis para um robô e, assim,  completar a sua "percepção", sobretudo a sua visão artificial, suprida pelos "olhos" das  câmeras.
Tal como acontece com a pele humana, quando tocada, a pele artificial  poderá, por exemplo, simular um ato reflexo do robô, fazendo-o  afastar-se, ou gerar um movimento espontâneo, fazendo com que a máquina  use seus olhos-câmera para procurar e identificar a fonte de contato.
Esse tipo de comportamento é especialmente importante para robôs assistentes, ajudantes robóticos de pessoas  idosas ou mesmo de robôs exploradores, ajudando a reconhecer novos  ambientes.
Células artificiais
A peça central da nova pele robótica é uma placa hexagonal de  circuito impresso de 5 centímetros quadrados, que faz as vezes de uma  célula da pele artificial.
Para simular o sentido do tato, cada placa contém quatro sensores  infravermelhos, que detectam qualquer coisa que se aproxime a menos do  que 1 centímetro.
A ideia é miniaturizar as  placas, que poderão então ser colocadas lado a lado, formando uma pele  com uma estrutura em formato de favo de mel.   [Imagem: Andreas  Heddergott/TU München]
"Nós, portanto, simulamos o toque", explica Philip Mittendorfer, da  Universidade Técnica de Munique. "Isso corresponde a um toque suave nos  pêlos em nossa pele."
Há também seis sensores de temperatura e um acelerômetro em cada  placa hexagonal.
Isso permite que a máquina registre com precisão o movimento dos seus  membros individuais, por exemplo, de seus braços e, assim, saiba quais  partes do seu próprio corpo acabaram de se mover - úteis quando os  membros robóticos são movidos por um impacto ou por uma ação externa.
"Nós tentamos integrar várias modalidades sensoriais diferentes no  menor espaço possível," explica o engenheiro. "Além disso, é fácil  expandir as placas de circuito para incluir outros sensores, por  exemplo, sensores de pressão."
Pele robótica
A ideia é miniaturizar as placas, que poderão então ser colocadas  lado a lado, formando uma pele com uma estrutura em formato de favo de  mel.
As "células" da pele  robótica estão sendo testadas no    super braço robótico LWR, fabricado pela agência  espacial alemã.     [Imagem: Andreas Heddergott/TU München]
Os sinais de cada uma das células dessa pele robótica serão enviados  para o computador central do robô, que fará as vezes do seu cérebro, por  meio das células adjacentes.
Isso permitirá que os sinais viajem por rotas alternativas se alguma  conexão falhar.
Por enquanto, está pronto apenas um pequeno pedaço da pele robótica.  Estes 15 sensores, no entanto, pelo menos um em cada segmento de um  braço robótico, já mostram que o princípio funciona.
Apenas um tapinha leve é suficiente para fazer o braço robótico  reagir.
O próximo passo é cobrir inteiramente a superfície do braço robótico  com as células sensoriais, formando uma pele artificial completa, dando  ao robô uma sensação completa de toque, mesmo no escuro.
Humanoid Multimodal Tactile-Sensing Modules
Mittendorfer, P., Cheng , G.
IEEE Transactions on Robotics
June 2011
Vol.: 27 Issue:3 pages: 401 - 410
DOI: 10.1109/TRO.2011.2106330
Fonte e demais informações: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=pele-robotica&id=010180110630
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