Chat tira dúvidas de internautas sobre metodologia que analisa sistemas de inovação

Brasília, 20 a 22 de junho de 2011 - Nº 1046 - Ano 11
 
Depois do workshop promovido pela ABIPTI sobre a metodologia alemã que identifica gargalos que emperram a inovação, o tema foi debatido em um chat na última sexta-feira (17). O engenheiro Guajarino de Araújo Filho, coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Inovação (Nepi) da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi) ficou à disposição dos internautas para tirar dúvidas e explicar o estudo por meio do site do Observatório de Tecnologias de Gestão e Inovação (OTG) da Associação.

     Após o workshop, houve grande procura por informações sobre a metodologia Analysis of National Innovation Systems (Anis, na sigla em inglês). O estudo foi adaptado em Manaus (AM) com foco no mapeamento do sistema de inovação da cidade entre julho e setembro de 2010,  iniciativa da Fucapi/Nepi, com o apoio de parceiros locais e coautores.

     A expectativa da ABIPTI com o chat e com o workshop é disseminar a replicação do estudo. A ideia é promover mais ações para que essa metodologia seja divulgada e se espalhe pelo Brasil para facilitar o processo de elaboração de políticas públicas no setor com vistas à canalização de investimentos em programas e projetos de pesquisa e desenvolvimento por parte do setor produtivo.   
 
    Chat

     A primeira dúvida dos internautas foi sobre o perfil dos atores que precisam ser envolvidos em uma pesquisa como essa. De acordo com Guajarino, o ideal é que sejam representantes significativos do sistema local. “Cito como exemplo os formuladores de políticas públicas - governo, empresários, coordenadores de programas voltados à inovação e pesquisadores. Na metodologia, eles são chamados de especialistas por atuarem no sistema de inovação”, explicou. 

     Guajarino ressaltou ainda que Manaus foi a primeira cidade onde a metodologia alemã foi aplicada em nível local.  A Fucapi, amplamente envolvida com inovação, foi o parceiro local que mobilizou os demais atores. “Estruturamos um comitê que envolveu governo, indústria e o Sebrae, representante das pequenas empresas”.

     Esses atores, complementou Guajarino, foram os interlocutores que aumentaram a capilaridade da participação de representantes relevantes dentro da pesquisa. No total foram aproximadamente 60 especialistas, maior número de participantes já envolvidos em um estudo Anis entre todos já realizados no mundo. 

     “A Anis é uma metodologia que foca intervenções da realidade, e não apenas o diagnóstico. Por isso, considero muito útil para um gestor público ter acesso a essas recomendações feitas por um grupo que realmente conheça as dificuldades do processo de inovação”, concluiu. 


Fonte e demais informaçõeshttp://www.gestaoct.org.br/

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