CNPq anuncia os 101 Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia aprovados com investimento de R$ 600 milhões

por Dayane última modificação Nov 28, 2008 09:50 AM 
 
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) divulgou no dia 27 de novembro a lista dos dezesseis estados brasileiros que sediarão os 101 novos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia e atuarão em rede com outras instituições do país para promover o desenvolvimento sustentável e aumentar a competitividade do país. 
 
As propostas aprovadas receberão financiamento por até cinco anos. Os recursos somam cerca de R$ 600 milhões, incluídos R$ 30 milhões em bolsas, que serão concedidas pela Capes, os novos recursos aportados pelo Ministério da Saúde e o apoio das Fundações de Amparo à Pesquisa dos estados parceiros, R$ 30 milhões do BNDES e investimentos da Petrobras.

O anúncio dos institutos aprovados no edital dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologias foi feito pelo presidente do CNPq, Marco Antonio Zago, junto com o ministro da Ciência e Tecnologia (MCT), Sergio Rezende, durante solenidade na sede do Conselho, em Brasília.

Os institutos nacionais vão dar tranqüilidade para os pesquisadores poderem trabalhar na fronteira do conhecimento e dedicarem seus esforços para aplicação da ciência e tecnologia, dando condições para que possam usar sua energia para produzir ciência e aplicação da ciência e não continuar apenas correndo atrás de recursos”, afirmou em nota o ministro Sergio Resende.

Segundo o CNPq, os institutos selecionados começarão a funcionar ainda este ano e estão assim distribuídos por região: o Norte irá sediar oito institutos, que receberão o total de R$ 42 milhões para desenvolver suas pesquisas, o Nordeste, 14 institutos que terão à sua disposição R$ 59 milhões, o Centro-Oeste, três institutos e R$ 18 milhões e na região Sul, os 13 institutos selecionados poderão aplicar R$ 53 milhões em pesquisas. O Sudeste teve o maior número de projetos aprovados e terá 63 institutos com investimentos de R$ 319 milhões.

“O Programa Institutos é resultado de um amplo acordo no que diz respeito à ciência e tecnologia. É o primeiro programa que tem uma contribuição e participação tão ampla, não só daqueles que o discutiram, mas daqueles que estão injetando recursos”, afirmou Zago.

Dos projetos aprovados, 60% estão inseridos em 19 áreas consideradas estratégicas pelo Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação, entre elas, Biotecnologia, Nanotecnologia, Energia Elétrica, Biodiversidade e Recursos Naturais, Amazônia e Mudanças Climáticas. O restante será utilizado para apoiar as propostas da demanda espontânea de todas as áreas do conhecimento.

O desempenho de cada instituto, constituído no âmbito deste programa, será acompanhado pelo CNPq e pelo Comitê de Coordenação, enquanto que a avaliação do programa, tendo em vista as metas inicialmente propostas, será feita pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).

A criação dos institutos conta com parceria da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e as Fundações de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam), do Pará (Fapespa), de São Paulo (Fapesp), Minas Gerais (Fapemig), Rio de Janeiro (Faperj) e Santa Catarina (Fapesc), Ministério da Saúde e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que assinaram a declaração de criação e de comprometimento de financiamento dos institutos, conforme os termos do edital, e a Petrobras, que já manifestou intenção de aderir ao programa.
 

Comentários