Fundacentro participa de discussões sobre ergonomia e trabalho

O primeiro tema será debatido em Piracicaba/SP, já o segundo foi discutido em Curitiba/PR

Por ACS/C.R. em 04/11/2013
O “38º Encontro Presencial do Fórum Acidentes do Trabalho: Análise, Prevenção e Aspectos Associados” se reúne no dia 6 de novembro, das 8h30 às 17h, no Espaço de Convenções Beira Rio, em Piracicaba/SP. O evento contará com a participação do pesquisador da Fundacentro, José Marçal Jackson Filho, como coordenador de mesa.
“O evento é uma tentativa da ação pública se valer de ferramentas metodológicas para poder intervir nas situações de trabalho”, afirma Marçal.
O Fórum tem como tema a “análise e intervenção Ergonômica e Laboratório de Mudanças: teorias e metodologias de intervenção para transformação das situações de trabalho”. É possível se inscrever no momento do evento, mas as vagas são limitadas em função do tamanho do auditório.
Pela manhã, haverá a mesa “A intervenção como objeto da ergonomia da atividade: Teorias e metodologias”, coordenada pelo professor da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, Francisco Lima. Haverá duas palestras de pesquisadoras da Universidade Lion II, da França. Valerie Pueyo falará sobre teoria e método da ergonomia da atividade. Já Pascal Béguin discutirá “estudo de caso de intervenção com base na ergonomia”.
O pesquisador da Fundacentro, José Marçal, coordenará a mesa “Teoria da Atividade – Conceitos, princípios e metodologia de intervenção formativa”. Laura Seppänen, do Instituto de Saúde Ocupacional da Finlândia (FIOH), abordará o tema do painel. Já Marco Pereira Querol, pesquisador associado à Universidade Helsinque, da Finlândia, e à Universidade Federal do Paraná, apresentará caso de intervenção usando o Laboratório de Mudanças.
A ergonomia da atividade observa e analisa a situação real de trabalho, atrelando o uso do corpo, cérebro, subjetividade e cognição; aspectos físicos, intelectuais e psicológicos. Já o Laboratório de Mudanças é centrado no sistema de atividade, mas com inspiração na teoria russa, por exemplo, de Vigotski e Leontiev. Foca-se na aprendizagem e na condução da mudança na organização.
O evento será gravado e, posteriormente, disponibilizado no IPTV.USP e no canal do YouTube do Fórum. Acesse aprogramação completa.
Trabalho
Marçal também coordenou mesa e atividades de Grupo de Trabalho no XIII Encontro Nacional da ABET (Associação Brasileira de Estudos do Trabalho), entre os dias 28 e 31 de outubro, na Universidade Federal do Paraná, em Curitiba. O tema do evento foi “Trabalho, desenvolvimento e sociedade no contexto de crise global”. O evento trouxe conferência magna de Danièle Linhart, da Universidade Paris X, da França.
A conferência abordou a precarização do trabalho subjetivo e o papel preponderante da gestão, que além da eficácia, exige a implicação social e o engajamento da subjetividade do trabalhador. “A pessoa não consegue se desvincular do trabalho. É preciso se implicar além de seus limites”, explica Marçal.
O evento contou com a participação de pesquisadores de diferentes universidades brasileiras e internacionais. Ricardo Antunes, da Universidade de Campinas, por exemplo, participou de discussões sobre as manifestações deste ano ocorridas no Brasil e a dimensão do trabalho e do painel “Contrafogos: o trabalho diante da crise”.
Já Helena Hirata, diretora de pesquisa emérita do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique) no laboratorio CRESPPA - equipe GTM (Genre, Travail, Mobilités) associado às Universidades de Paris 8-Saint-Denis e Paris 10-Nanterre, debateu “Trabalho e desigualdades”.

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