Engenheiros do Sul não aceitam culpa pela incompetência da gestão pública

Escrito por  

A depender dos engenheiros do Rio Grande do Sul, os esclarecimentos do ministro da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Wellington Moreira Franco, sobre suas críticas à incompetência da categoria – ver aqui com mais detalhes a polêmica – não encerram a questão.

Acusados de serem os culpados pelos atrasos nas obras de expansão dos aeroportos nacionais para atender à demanda dos jogos da Copa Mundial de 2014, os profissionais gaúchos preferiram contra-atacar e reclamam que “por todo o País surgem a cada dia novas denúncias de obras que não serão entregues mesmo após serem apresentadas com grande estardalhaço. Agora que os prazos estão esgotando, este senhor [Moreira Franco] tenta desviar o foco da incompetência generalizada que caracteriza a gestão pública deste País e jogar o mico no colo dos engenheiros”.

O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio Grande do Sul (Senge-RS) afirma que a engenharia brasileira já deu mostras suficientes da sua capacidade e qualificação. Moreira Franco parece ter tocado com a mão um vespeiro. As críticas gaúchas prosseguem cobrando o próprio governo federal em algumas decisões recentes: “quem criou o Regime Diferenciado de Contratação para “superar” as dificuldades da Lei de Licitações, não foram os engenheiros. Também não foram eles que resolveram, do dia para a noite, contratar via pregão eletrônico”. Ironizam, ainda, que passa longe da responsabilidade técnica dos profissionais de engenharia “planos eleitoreiros, elaborados para atender projetos de perpetuação no poder”.

Ao final, fazem uma espécie de alerta para as futuras eleições no país: “A sociedade brasileira está cansada e já sinalizou que quer mudanças profundas. Quem não entender o recado das ruas vai se aposentar antes do previsto.”

Comentários