C.E.S.A.R inova em tecnologias e na forma de gestão


Imagine o ambiente de um instituto de pesquisa com pouco mais de 580 funcionários que é referência em desenvolvimento de tecnologias da informação e comunicação (TICs). Engenheiros e cientistas da computação circulando de um lado para outro em um corredor vestidos com jalecos e equipamentos de segurança. Pois bem, essa cena pode ser comum em qualquer instituto de pesquisa, menos no Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R).
Criado em 1996, por um grupo de professores do Departamento de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o instituto investe numa maneira diferente para estimular os funcionários. “Queremos que o pessoal acorde motivado para vir trabalhar. O importante é a produção e não a forma como ele se veste ou os costumes”, afirma o cientista-chefe do C.E.S.A.R, Silvio Meira.
Os pesquisadores podem ir trabalhar de bermuda e camiseta. Nos corredores há paredes próprias para serem rabiscadas e em algumas salas os papeis colados nas paredes ajudam a decorar o ambiente propício para a inovação. Mas não só a liberdade laboral e os equipamentos de ponta colocam o C.E.S.A.R em destaque no setor de TICs. O quadro de empregados é composto por especialistas nas mais diversas áreas.
“Temos músicos, jornalistas, psicólogos, engenheiros e até pessoas sem formação profissional fazendo inovação”, diz Meira. O centro desenvolve suas soluções para problemas complexos baseado numa política interna de três pilares: gente, negócios e tecnologia (GeNTe).
“Um instituto de inovação é um negocio que envolve gente que entende gente, pessoas que entendem de negócios e tecnologias para atender pessoas. Temos absolutamente todo o tipo de gente que tenta entender como fazer as coisas”, detalha o cientista-chefe do C.E.S.A.R.
Nos últimos três anos, o C.E.S.A.R executou, em média, 100 projetos anualmente em diversos setores como, telecomunicações, hardware, defesa e automoção bancária. A metodologia de trabalho do instituto de pesquisa é dividida em quatro fases: estudos e pesquisas, ideação, prototipação e avaliação.
O instituto de pesquisa possui laboratórios de designs e usabilidade, TV digital e mídias interativas e sistemas embarcados. Todos equipados com salas de observação para monitorar grupos focais.
“Pegamos projetos desde a concepção e desenvolmemos tudo para o produto final ser diferenciado de outros que já existem no mercado”, gante o superintendente do C.E.S.A.R, Sergio Cavalcante.
Gestão diferenciada
Todos os dias, às 17h30, na sede do C.E.S.A.R no Recife (PE) há um pico de de luz e os funcionários ficam pouco mais de um segundo sem luz. Imediatamente um gerador entra em ação e garante o fornecimento de energia para o prédio.
Em 2009, o instituto fez um acordo com a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) para reduzir a tarifa cobrada. “Ficou acertado que pagaríamos menos desde que não fosse usada energia da Celpe nos horários de picos. Fizemos esse acordo por causa da crise econômica de 2009”, lembra o superintendente do C.E.S.A.R, Sergio Cavalcante.
Segundo ele, na época o acordo rendeu um redução mensal de R$ 8 mil reais na conta de energia. Esse corte aliado a outras ações para dimnuir a folha de gastos evitou que houvesse demissões. “A crise econômica atingiu o nosso principal cliente e as consequências poderiam ter sido maiores. Infelizmente, demitimos ainda oito funcionários”, lamenta Cavalcante.
O instituto tem um plano de carreira para os funcionários, que inclusive está sendo reformulado, para motivar ainda mais os pesquisadores. “Eles tem a opção de continuar na carreira de pesquisa ou ir para o lado gestão sabendo que podem receber o mesmo salário em qualquer uma das carreiras”, explica.
Outro diferencial do instituto de pesquisa, é a plataforma educacional C.E.S.A.R.EDU, o único curso de pós-graduação de um instituto privado reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

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