ONU aprova criação de plataforma da biodiversidade

A Plataforma Intergovernamental para Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES, na sigla em inglês) teve a sua criação aprovada no sábado (21). O painel intergovernamental terá a função de fazer com que o conhecimento científico acumulado sobre biodiversidade seja sistematizado para dar subsídios a decisões políticas em nível internacional.
 
A sede do IPBES será instalada na cidade de Bonn (Alemanha). De acordo com o conselheiro científico do Departamento para o Meio Ambiente, Alimentos e Negócios Rurais do Reino Unido, Robert Watson, o IPBES se estabelecerá como uma nova plataforma, reconhecida tanto por cientistas como por gestores.
“A biodiversidade venceu. Mais de 90 governos estabeleceram com sucesso a interface entre a ciência e a política pública para todos os países. A biodiversidade e os serviços ecológicos são essenciais para o bem-estar da humanidade. Essa plataforma irá gerar conhecimento e nos dará capacidade de protegê-los para as gerações futuras”, afirmou Watson. Apenas Bolívia, Egito e Venezuela deixaram de assinar o acordo.
Segundo a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Irina Bokova, a criação do IPBES é um forte sinal de que há um progresso significativo no que diz respeito à conservação da biodiversidade. “Espero que esse órgão permita que a biodiversidade seja levada em conta nas estratégias de desenvolvimento sustentável. A perda de biodiversidade é um indicador importante das
mudanças que estão afetando o planeta”, afirmou.
O documento que cria o IPBES foi assinado durante uma reunião da ONU no Panamá. Entre as funções centrais da plataforma intergovernamental estão: identificar e priorizar a informação científica necessária para as políticas públicas; realizar avaliações regulares do conhecimento sobre a biodiversidade e os serviços ecológicos e suas interligações; e
apoiar a formulação e a implementação de políticas ao identificar ferramentas e metodologias relevantes.
Informações sobre o assunto estão disponíveis no site www.ipbes.net.
(Com informações da Fapesp)

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