Dilma celebra ‘casamento’ entre MCTI e MEC

Brasília, 25 de janeiro de 2012 - Nº 1108 - Ano 11 


EDIÇÃO EXTRA

Durante a solenidade de transmissão de cargos nos ministério da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a presidente da República, Dilma Rousseff, se denominou casamenteira ao pedir a união entre as duas pastas para garantir o avanço do desenvolvimento econômico e social do Brasil. Na opinião dela, o alinhamento das políticas de educação com as de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) será a principal ferramenta para impulsionar o crescimento do país.

“Hoje estamos celebrando mais um casamento entre o MEC e o MCTI. Dessa união já tivemos grandes resultados como o Programa Ciência sem Fronteiras”, disse a presidente. “Temos condição de termos tecnologia competitiva no mercado internacional. Depende da nossa capacidade de ampliar a educação e garantir que ela seja de qualidade da creche à pós-graduação”, avaliou.

O programa que concede bolsas a estudantes brasileiros para intercâmbios nas melhores universidades do mundo foi elogiado por Dilma. Ela pediu aos ministros que a iniciativa continue em expansão. “Esse programa é essencial para o Brasil. Ele é que vai encurtar o caminho para a inovação”, afirmou.

Dilma sinalizou que não haverá grandes cortes nos orçamentos do MEC, que será dirigido por Aloizio Mercadante, e do MCTI, agora sob comando de Marco Antonio Raupp. Segundo ela, a lição veio enquanto ocupava a cadeira de ministra-chefe da Casa Civil no governo Lula. “Nós aprendemos que a regra do jogo era não ter limites quando o assunto era investimento em criação, interiorização de universidades, criação de escolas técnicas e de institutos federais de tecnologia”, contou.

A aproximação entre centros tecnológicos, empresas e universidades também foi lembrada no discurso da presidente. “Não há transferência de tecnologia quando não há essa integração. Tenho certeza que o Raupp tem capacidade para essa função”, defendeu.

Estratégia Nacional

No governo da presidente da República, Dilma Rousseff, a CT&I pela primeira vez entrou como eixo estruturante no Plano Plurianual (PPA) de governo. Para o quadriênio 2012-2015, as ações do governo serão embasadas na Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI) lançada em dezembro do ano passado pelo governo federal.

A estimativa é de que os recursos federais, de empresas estatais e de fundações estaduais de amparo à pesquisa aplicados em CT&I cheguem à marca de R$ 74,6 bilhões. Para 2014, o MCTI espera que 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) seja aplicado em pesquisa e desenvolvimento (P&D).

Com o crescimento esperado na cultura de inovação presente nas empresas, a meta é que em 2014 o número de empresas inovadoras que utilizam a Lei do Bem (11.196/2005) salte de 630 para 1.260.

(Felipe Linhares para o Gestão C&T Online)
 
Fonte e demais informações: http://www.gestaoct.org.br/

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