Revolução com sotaque brasileiro

Por Marcos Graciani
 
A crise na Europa vem servindo de motivação para o departamento de inovação da HP no mundo. Segundo Paolo Faraboschi, líder global de inovação da companhia, vários clientes norte-americanos e europeus estão demandando soluções de TI que ajudam a abater custos operacionais – principalmente na área de energia. “Talvez isso ainda não aconteça no Brasil, que é um país rico em energia elétrica. Mas, lá fora, a tendência é de que esses custos se elevem cada vez mais”, adianta Faraboschi.

tecnopuc350Recentemente, Faraboschi esteve em Porto Alegre, onde visitou o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento que a HP mantém dentro do Parque Tecnológico da PUCRS, o Tecnopuc (foto). Segundo ele, o centro será essencial para o desenvolvimento de novos produtos e serviços – ainda que, muitas vezes, as tecnologias criadas fiquem só no papel. “Sempre procuramos imaginar onde a bola estará jogadas à frente e não onde ela está atualmente”, garante.

Uma dessas “jogadas” é o Memristor – nome que resulta da contração das palavras “memória” e “resistor”. Trata-se de um novo hardware de armazenamento de memória que apresenta algumas vantagens expressivas – entre elas, o fato de consumir um décimo da energia e ser 100 vezes mais rápido que os chips de memória flash, utilizados atualmente em pendrives e iPods.

Ao todo, a HP mantém 700 funcionários no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Porto Alegre. Cerca de 80 projetos são desenvolvidos no local. Pelas contas de Cirano Silveira, diretor de P&D no Brasil, pelo menos metade deles devem resultar em novos produtos em um futuro próximo.

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