Procura-se Engenheiros!

by dionyzio on 25/12/2010


O engenheiro não cabe em si de tanta felicidade!

A revista Você S/A trás extensa reportagem sobre a valorização profissional de técnicos e engenheiros.

Sobre os engenheiros a reportagem realça a “formação acadêmica do profissional que reúne raciocínio lógico e analítico com a capacidade para detectar problemas, avaliar cenários e desenhar soluções.” Tudo de bom não é mesmo?!

Anos atrás as qualidades acima tornavam este profissional um dos principais alvos do mercado financeiro dado a estagnação por que passava o setor produtivo, mas hoje a situação mudou sendo difícil encontrar setor em que haja engenheiros formados em número suficiente para suprir tantas vagas à disposição.

A consultoria paulista de RH Ricardo Xavier “detectou aumento de 16% no número de vagas que exigiam formação em engenharia no período de janeiro a outubro de 2010 em reação ao mesmo período de 2009.” Um exemplo de concorrência acirrada é o caso da Michelin que precisa contratar de uma vez 30 novos engenheiros para expansão de fábrica de pneus em Itatiaia no RJ e encontra dificuldades, pois há outras fábricas que também pretendem se instalar na região.

Outro exemplo emblemático é a área de gás e petróleo. Anos atrás um profissional que quisesse enveredar pelo setor deveria buscar exclusivamente uma vaga na Petrobrás, mas hoje o momento é outro e com tantas multinacionais chegando ao Brasil as concorrentes já “estão abrindo mão de experiência em troca de desenvolvimento de potenciais”, caso da norueguesa Statoil especializada em perfuração de poços de petróleo que nas palavras de seu diretor de RH, Fernando Carvalho, “vê o momento como um desafio para companhias e para o país trabalhar no desenvolvimento de pessoal.”

Mesmo não sendo mais a única opção a Petrobrás abrirá sozinha até 2014 12720 vagas para engenheiro.

Investir no profissional adequado tem sido o caminho buscado por grandes empresas, caso da América Latina Logística, ALL, que forma seus próprios engenheiros ferroviários através de cursos de pós- graduação, caso do engenheiro Aender Guerra, 26 anos, que se formou em engenharia de produção, cursou engenharia ferroviária na pós da empresa e passados 1 ano e meio recebeu promoção e teve seu salário aumentado em 70%.

O mercado de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica também voltou a contratar e a boa notícia é que o forte crescimento econômico das regiões N, NE e CO impulsionado também por grandes obras de infraestrutura expandem as possibilidades de atuação do engenheiro que, no entanto deve estar apto para migrar da cidade natal.

Brasília já fornece outras opções que não as tradicionais Civil, Elétrica e Mecânica, casos de engenharia de produção e automotiva, além disto, algumas faculdades particulares passaram a oferecer cursos de graduação em engenharia até a pouco tempo restritos à UnB. Resta zelar para que os mesmos mantenham bom padrão de qualidade na formação do profissional.

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