Exlopração do Pré-sal alavanca inovação tecnológica

por CDN

Demanda da Petrobras por soluções inovadoras e eficientes para a extração de óleo das áreas do pré-sal está alavancando dezenas de projetos, muitos desenvolvidos em parceira com universidades brasileiras

Rochas similares às encontradas nos reservatórios do pré-sal. Créditos: Agência Petrobras de Notícias

A mais importante descoberta de petróleo em quase uma década é também a mais desafiadora oportunidade de inovação tecnológica no setor. A demanda da Petrobras por soluções inovadoras para extrair óleo das áreas do pré-sal motiva dezenas de pesquisas, muitas delas em parceira com universidades brasileiras.

A complexidade da indústria do petróleo exige elevados investimentos antes de começar a gerar lucros. Um dia de operação de uma única sonda usada para perfurar poços com possibilidade de se encontrar petróleo consome em média US$ 500 mil. Por isso, ganhos de produção com custos cada vez mais baixos é meta prioritária e permanente.

O desafio é ainda maior no caso das explorações em águas ultraprofundas do pré-sal, onde a supervisão e o controle se dera por meio de computadores, sensores e robôs. A Petrobras planeja aplicar US$ 28 bilhões até 2013 para desenvolver ferramentas que garantam grande previsibilidade e precisão para lidar com os milhares de variáveis envolvidas nessa nova fronteira.

A Rede Galileu, por exemplo, reúne duas dezenas de instituições que recebem novos laboratórios financiados pela empresa, como supercomputadores com capacidade para processar 180 teraflops (o equivalente a 180 trilhões de operações por segundo). As cinco máquinas mais potentes estão na Coppe-UFRJ (centro de pesquisas ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro), na USP (Universidade de São Paulo), na PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio), na Ufal (Universidade Federal de Alagoas) e no Cenpes (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras), onde fica a coordenação da rede.

As equipes estudam respostas para os desafios por meio da modelagem computacional: depois de montar modelos matemáticos que descrevem os problemas, são desenvolvidos programas para lidar com eles. Assim, as pilhas de relatórios em papel são substituídas por projeções em três dimensões.

Na rede de supercomputadores serão feitos programas para simular, antecipar riscos e prever o comportamento dos equipamentos no pré-sal: das brocas, que vão furar de cinco a sete quilômetros de sedimentos e rocha salina, até as plataformas flutuantes, que enfrentam ondas do mar aberto a 300 km da costa. “Na Rede Galileu, a integração entre a pesquisa acadêmica e a indústria está ocorrendo de forma muito mais eficiente do que em outros países”, avalia o professor Marcelo Gattass, da PUC. “É a maior do mundo na área de pesquisa de petróleo”, diz Kazuo Nishimoto, da USP.

Fonte e demais informações: http://revista.brasil.gov.br/reportagens/pre-sal/exploracao-do-pre-sal-alavanca-inovacao-tecnologica

Comentários