Estudante de Itabira é um dos vencedores da Olimpíada Latino-americana de Astronomia

Gustavo Werneck - Publicação: 27/10/2010 08:30 Atualização:

Rodrigo (segundo a partir da direita) festeja conquista com outros
 integrantes  (Julio Klafke/divulgacao )

Rodrigo (segundo a partir da direita) festeja conquista com outros integrantes
Ouro em conhecimento, determinação e interesse pela ciência. O estudante Rodrigo Inácio Pongeluppi, de 17 anos, de Itabira, na Região Central de Minas, é um dos vencedores da Olimpíada Latino-americana de Astronomia, trazendo para Minas uma das quatro medalhas conquistadas pelo Brasil nas provas em Bogotá, Colômbia. Satisfeito, o aluno de ensino médio da Fundação Itabirana Difusora de Ensino conta que foi selecionado, no ano passado, na Olimpíada Nacional de Astronomia e Astronáutica. Do concurso latino, na segunda edição, participaram sete países – Brasil, Colômbia, Uruguai, Paraguai, Chile, Bolívia e México – com cinco representantes cada.

O gosto pela astronomia foi despertado pelo professor Renato Kerley, que mantém um grupo de estudos sobre o tema em Itabira, explica Rodrigo, que pretende estudar medicina na UFMG ou engenharia aeronáutica no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (Ita), em São Paulo. “Ele tem interesse por todas as matérias, já ganhou olimpíadas de química e matemática, vê programas educativos na TV. Não é propriamente um estudante debruçado o tempo todo sobre livros, mas uma pessoa interessada em todas as matérias”, revela a mãe coruja e assistente social Júnia Ester da Costa Pongeluppi.

Para Rodrigo, ganhar a medalha de ouro representa uma vitória para Minas, que ficava fora desse tipo de competição, cedendo espaço para Rio de Janeiro e São Paulo. Nas provas, aplicadas no mês passado, foram testados os conhecimentos sobre planetas, estrelas, leis da física, astrofísica e outros assuntos relacionados ao espaço sideral.

Júnia lembra que o filho leva vida normal de um jovem: é guitarrista de uma banda de rock, professor de violão e frequentador de academia de ginástica. “No Brasil, os jovens estão sempre associados ao esporte. É bom ver que eles também se destacam em outros campos. Em um momento em que vemos tantas notícias negativas envolvendo crianças e adolescentes, talvez a premiação seja a forma de mostrar outros tipos de caminho”, afirma. A Olimpíada Nacional de Astronomia e Astronáutica, que existe há 13 anos e na qual os estudantes são selecionados, é promovida pela Sociedade Astronômica Brasileira, Agência Espacial Brasileira e Furnas Centrais Elétricas.

O vice-presidente da olimpíada latino-americana, o professor de física da Universidade do Estado do Rio de Janeiro João Batista Garcia Canalle, destaca a importância da conquista da medalha de ouro. “Foram seis, e o Brasil ficou com quatro, uma delas de Minas”, disse.

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