Déficit de engenheiros é elevado no setor industrial


Dados apresentados nesta semana, em São Paulo (SP), mostraram que o país forma, por ano, a metade dos engenheiros que necessita para o setor industrial. No cenário de expansão do produto Interno Bruto (PIB), entre 5% e 6% ao ano, a demanda por esses profissionais é de cerca de 60 mil por ano, ante 32 mil formados atualmente.

Hoje a indústria primeiro contrata o engenheiro e depois pergunta o que ele sabe fazer. A disputa é acirrada”, destacou o diretor-geral do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Paulo Afonso Ferreira, na última segunda-feira (23), durante o workshop Tecnologia e Inovação: Desafios na Formação de Profissionais de Engenharia para o Século 21. O evento, realizado pelo instituto, com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), seguiu até ontem (25).

O Brasil tem hoje apenas 400 escolas de engenharia e 2,2 mil cursos de graduação na área. Das 197 mil vagas anuais oferecidas, 120 mil são ocupadas. Somente um em cada grupo de 800 alunos do ensino fundamental inicia um curso de engenharia.

Para se ter uma ideia, a China forma 400 mil engenheiros por ano, enquanto a Índia alcança a marca de 250 mil e a Rússia, 100 mil. “No mundo globalizado, em que a inovação encurta cada vez mais o tempo de acesso da população aos novos produtos e serviços, o engenheiro é fundamental”, completou Lueny Morell, gerente de programa do Escritório de Estratégia e Inovação da Hewlett-Packard, que também participou do evento.

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